Os Paradigmas da Representação

É muito comum o uso das Quebras Naturais de Jenks (ou simplesmente Jenks), pois, esse método é defaut em alguns aplicativos de geoprocessamento. E, este método possibilita a separação de classes em grupos aparentemente naturais, pois identifica pontos de quebra que melhor agrupem valores similares e, ao mesmo tempo, maximizem a diferença entre as classes (FERNANDES, et al., 2012). Além disso, as Quebras de Jenks constitui um método recomendado por Longley et al., (2013) como adequado para análise de dados socioeconômicos.


O método das Quebras Naturais de Jenks, permite que as classes sejam baseadas em agrupamentos naturais de dados, identificando pontos de quebra entre os valores com maior similaridade nos grupos de variáveis, para em seguida maximizar a diferença entre as classes. Este procedimento apresenta resultados significativos para mapeamento de valores que não possuem uma distribuição uniforme (ESRI, 2005 apud ALMEIDA, 2006).


O assunto da representação cartográfica e seus métodos não é muito discutido, mas há alguma “coisa” sobre o tema nos corredores do Geoprocessamento.

Uma leitura fundamental (e obrigatória) sobre este tema é proposta por Ramos et al. (2016) que apresentam uma abordagem bastante completa sobre a escolhe do método de representação. Longley et al., (2013) dão alguma luz sobre o tema. Matsumoto, Cartao e Guimarães (2017) mostram as características da representação cartográfica, em especial na área da Geografia da Saúde.


A literatura sugerida é elementar, sugere-se que o interessado nessa temática busque maiores esclarecimentos sobre o mesmo, tendo em vista a importância de elaborar mapas de qualidade, estética e técnica.

A seguir, exemplo de um mesmo conjunto de dados representado de formas diferentes. Trata-se da População brasileira em 2010, dividida em 8 classes. Pelos métodos “Quantil” (A); Intervalo Igual (B); Quebras Naturais de Jenks (C); Desvio Padrão em 4 classes (D) e; Quebras Suaves (12 classes) em (E) 



Referências

ALMEIDA, G. E. S. Análise do índice de instalação de empresas no Município de Osasco/SP utilizando sistema de informações geográficas e análise envoltória de dados. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Transportes). Escola de Engenharia Politécnica da Universidade de São Paulo - USP. São Paulo, 2006. 125p.


FERNANDES, R. R.; NUNES, G. M.; FANTIN-CRUZ, I.; SILVA, T. S. F.; CUNHA, C. N. Uso de Geotecnologias na Análise da Ocorrência de Unidades Fitofisionômicas. Revista Brasileira de Cartografia. Nº. 65/5, p. 853-867. 2013.


LONGLEY, P. A.; GOODCHILD, M. F.; MANGUIRE, D. J.; RHIND, D. W. Sistemas e Ciência da Informação Geográfica. (Tradução de André Schneider et al.). 3 ed. Porto Alegre – RS: Bookman. 2013. 540p.


MATSUMOTO, P. S. S.; CATAO, R. C.; GUIMARAES, R. B. Mentiras com mapas na Geografia da Saúde: métodos de classificação e o caso da base de dados de LVA do SINAN e do CVE. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, v. 13, p. 136, 2017


RAMOS, C. S. 2005. Visualização Cartográfica multimídia: conceitos e tecnologias. São Paulo: Editora UNESP, 2005.

Indicação pertinente!
Embora este não seja um livro de Sistema de Informação Geográfica, suas análises auxiliarão interessados no universo da pesquisa. Uma vez que trabalhar com Geoprocessamento por si só, sobretudo no ambiente acadêmico, é uma tarefa áedua, e, aprender métodos e técnicas de áreas correlatas têm sido uma excelente alternativa.
O capítulo 1 trata da aquisição de dados geográficos para análise de bacias hidrográficas. A versão Kindle deste livro pode ser baixada (na data que escrevo este post, 29/11/2023) gratuitamente na Amazon.
Sugiro fortemente a leitura dos capítulos 1, 3 e 12. Mas, dependendo de sua área de atuação, os demais capítulos poderão ser úteis em maior proporção.
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